sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Escolhendo novos caminhos

Caio vai fazer 6 anos no próximo 2011.
Definitivamente, está na hora de procurar uma escola.
Este é um assunto que me ronda já uns dois anos. Ora com apreensão, ora com empolgação. Mas agora fui "intimada" por alguns profissionais que acompanham o Caio na ACADEF. Sim, está na hora.
Mas aquilo que me parecia líquido e certo agora virou um mar de dúvidas. Escola regular? Escola especial? Qual o melhor caminho para oportunizar ao meu filhote mais chances de desenvolvimento, interação, socialização?
Para quem está de fora, a resposta parece óbvia. Mas não é.
Como mãe, sonhava em colocá-lo numa escola regular, para que junto de crianças "normais" ele talvez desenvolva seu melhor potencial. Mas, confesso, tenho medo. Medo do preconceito que ele sofrerá (ainda que eu saiba que nunca poderei protegê-lo 100%), medo se ele estará bem assistido, medo até mesmo de maus tratos - a gente lê e vê tanta coisa né? Tenho medo, principalmente, do despreparo das escolas e escrevo isso sem nenhuma crítica específica. Nossa sociedade não é capacitada para acolher o deficiente em sua plenitude.
A indicação da fonoaudióloga que o acompanha, opinião compartilhada pela chefe da fisioterapia pediátrica da ACADEF, é que tentemos uma escola regular. Acham que Caio tem um bom cognitivo e que o convívio numa instituição regular pode fazer com ele se esforce para evoluir ainda mais. Tenho, inclusive, duas boas indicações de escolas do município que estariam aptas a recebê-lo, que têm demonstrado na prática uma real política inclusiva, disponibilizando monitores individuais para a criança PPD ao mesmo tempo que a mantém em sala de aula junto aos demais alunos de sua faixa etária.
Eu gostaria muito que ele pudesse frequentar a mesma escola que o Yuri. Num primeiro momento, aceitariam o Caio. Mas preciso ser realista. Não acho que, por mais boa vontade que tenham (e têm, sei disso), eles estejam preparados para um aluno cadeirante que sequer fala.
Nos últimos dias, pesquisando e conversando muito à respeito, fiquei sabendo do CEIA - Centro de Capacitação, Educação Inclusiva e Acessibilidade, aqui mesmo, em Canoas. É uma educação multidisciplinar, voltadas a portadores das mais diversas deficiências, com foco na estimulação pelas artes, pela música, pela inclusão digital, pelos esportes. Com acompanhamento de profissionais da área neuropediátrica e atividades de psicopedagogia para a descoberta de competências e psicomotricidade. Assim, de orelhada, me parece o lugar ideal para o Caio.
Como tudo que envolve o universo dos portadores de deficiência, o desconhecimento, a falta de informação é sempre a maior barreira. Aqui em Canoas, eu só sei da APAE, que dá "aulas" a deficientes. Pesquisando, xeretando e perguntando, cheguei ao Pestalozzi e ao CEIA. Semana que vem vou me deter a visitar essas instituições e conhecer melhor seus projetos, para ver onde Caio poderá ficar melhor inserido.
Ainda não desisti de ver meu filho na faculdade. Sei que é um sonho gigante. Caio ainda não fala. Não apresenta coordenação motora para escrever. Assumir que, num primeiro momento, uma escola especial é o mais adequado, tem uma porção dolorosa para mim. É mais uma vez confrontar as limitação que eu sei que meu filho tem. Mas, ao mesmo tempo, a mãe bipolar aqui fica feliz. Acho que podemos encontrar um bom caminho. Ainda não falei com a equipe que já acompanha o Caio, primeiro vou fazer essas visitas. Imagino que talvez em 2011 ele inicie numa escola especial. E, quem sabe, conforme seu rendimento, a escola regular fique para 2012. Talvez exista a possibilidade de conciliar as duas já para o próximo ano. Veremos, vou atrás.
De qualquer forma, novos e desafiadores caminhos se descortinam pra gente. Tomara que possamos fazer a melhor escolha.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Bipolaridade?

Sim, eu acredito, tenho fé.
Sei que está tudo certo, como deveria ser.
Sei que teremos dias melhores, que ainda iremos mais longe.
Acredito que viemos, eu e meus filhos, à este mundo para sermos felizes.
Mas hoje, agora, é daqueles dias em que me sinto só, fraca, triste.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Como a vida deveria ser

Sou uma apaixonada por cães.
Herdei esse sentimento da minha mãe adotiva. A que me ensinou que amor não tem a ver com sangue, não tem a ver com laços formais. Tem a ver com um sentimento puro e espontâneo.
E são dos animais, especialmente dos cães, que recebemos os melhores exemplos disso.
Sou da opinião de que eles merecem nosso melhor respeito.
São dos seres "irracionais" que vêm grandes lições de afeto, cuidado, não-preconceito e fidelidade.
Quando vejo minha Princesa junto ao Caio vejo dois seres que se gostam, que querem cuidar um do outro, que apreciam o carinho e a companhia mútua. Sem rótulos, sem diferenças. Simples assim. Como deveria ser a vida.





domingo, 24 de outubro de 2010

Carinho sempre é bom demais!

Eu sou naturalmente carente. Dedico essa característica à porção canceriana que me domina em maior escala. Por isso, adoooro ser mimada, elogiada, acarinhada... (quem não gosta?).
E muito me aquece o coração as leitoras recentes que conquistei, nem sei como, nem sei por onde.
Meus primeiros leitores foram meus amigos que me incentivaram a começar o blog, ainda antes da gravidez do Caio, no início de 2004. Através dele, vieram as "indicações". Depois da chegada do Ito, meu foco mudou, ou ampliou... e aí um grande grupo de mães, que se tornaram minhas amigas mais especiais, vieram dar Ibope ao Meus Frutos...
Não estou, de modo algum, menosprezando esses leitores e essas amizades tão especiais e marcantes em minha vida. Mas sempre me surpreendo e me sinto especialmente gratificada pela vida quando começo a receber emails, comentários e, principalmente, o carinho de pessoas que, como disse ali em cima, nem sei como chegaram aqui... e ficaram, e voltam sempre!

Essa semana recebi um selinho da Biih, uma menina linda, jovenzinha e que encontrou algum conteúdo que a interesse por aqui. Fico muito feliz de ver que os Meus Frutos seguem se perpetuando por aí...
Aproveito pra deixar meu beijo grande pra Biih, pra Luiza Coelho (és irmã da Karla e do Lu?), da Nana, da Núbia e dos muitos que, eu sei, me visitam com frequência.
A Biih me homenageou dizendo que meu blog faz a cabeça dela.
É uma responsabilidade. E uma honra.
Acredito que fosses extremamente generosa, minha linda... Mas é muito bacana receber esse carinho, especialmente porque me acho um tanto (pra não dizer 100%) monotemática...


Dos blogs que fazem minha cabeça?
Ah, eu já fui mais "viciadinha", viu Biih... Atualmente tô focada em pesquisas e outros planos "empreendedores". Ainda assim, tem gente que tem um talento danado e faz minha cabeça com seus blogs...

Adoro ler a Cass, minha amiga de tempos de Ensino Médio, que conta suas aventuras na maternidade com a leveza que a vida deve ter todos os dias. Amo ler a Letícia, aprender mais e mais e, principalmente, lembrar que tudo é como estava destinado a ser. E adoro o charme da e sua forma de escrever sobre tantas coisas diversas da maternidade, com tanta sapiência e também leveza. E na hora que quero desligar total do mundo-mãe, dou uma lida nas viajadas bacanas da Cynthia.
Era isso, espere que goste das minhas leituras.
Um beijo, Biih!
Com amor,
Dinha

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O que realmente importa

Eu ando numa eterna TPM do cão.
Sério, a vontade de puxar a cordinha e descer é dantesca.
Eu ia escrever um post e desabafar um pouco... Falar do meu lado de menos luz... Reclamar um pouco, espernear... nem é chorar, é um momento 100% tô p* com muitos e com tudo!
Daí que, como já comentei, o Caio anda super ruinzinho do refluxo, voltou a perder peso... Mas hoje, depois de 3 noites insones, as coisas começam a voltar pros eixos até a próxima aventura...
E ao invés de falar outra vez sobre como tudo isso me desgasta, e do sofrimento dele que tanto me dói... lembro de compartilhar que, ao primeiro sinal de melhora, ele me solta um beijo. E sorri. E volta a chamar "mamãe".
Ligo para o Yuri, que está na avó paterna e ele pergunta, com a vozinha angustiada, se o irmão melhorou. Respondo que sim e a alegria dele, do outro lado da linha emociona. "Nossa mãe, que ótimo! Manda um beijão pra ele, diz que o mano tá com saudades, já vai voltar pra casa pra brincar com ele".

E diante dessas coisas só posso me perguntar... do quê mesmo eu ia reclamar?

A coragem sem fim

O coração maior do mundo

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Dia do Médico e dos Anjos

Se o nascimento do Yuri pouco afetou minha relação com os médicos e minha visão pré estabelecida sobre a medicina, o Caio veio para mudar radicalmente isso. E é uma faca de dois gumes, porque desde o início cruzamos com péssimos e com excelentes médicos.
Foram médicos arrogantes (da Obstetrícia do Hospital), com pressa, sem tempo de ouvir a paciente em questão (eu) que conduziram os procedimentos de forma errônea que causaram a falta de oxigenação cerebral do meu filho. Mas foram médicos maravilhosos (da equipe da UTI Neonatal), atentos, interessados, humanitários, que levaram serviço para casa no final de semana e salvaram meu Caio de uma sepse e de uma meningite gravíssima, me devolvendo meu guerreiro vivo, pronto para lutar!

Nesses mais de 5 anos muito precisamos deles. E conhecemos de todos os tipos.
Aqueles que se acham seres humanos superiores, quase divinos. Que impõem diagnósticos e tratamentos. Que acham que alguns casos, como o do meu próprio filho, portador de paralisia cerebral, são casos "perdidos" e não merecem esforços de seu precioso tempo.

O que me alenta e alegra é saber que existe um outro lado. Existem os médicos por vocação, por amor. Que dedicam seus dias para melhoras a condição de vida de seus pacientes. Que usam da verdade, do carinho e do atendimento personalizado e humanizado como suas melhores ferramentas de trabalho. Que são meus parceiros na busca de dias cada vez melhores para o Caio, porque sabem que nada é impossível. Que a medicina não é uma ciência exata. Que precisamos ser, médicos e pacientes, cúmplices em busca da qualidade de vida.

A eles, minha eterna gratidão.
Minha homenagens à Dra. Jaqueline Aguiar Volkmann Amaral, a melhor pediatra que meus meninos poderiam ter e que eu acho que todas as crianças merecem.
Ao querido neuropediatra Dr. Richard Lester Khan que nunca fechou as portas para os sonhos que tenho para meu Caio, mas sempre com os pés bem fincados no chão.
Aos inesquecíveis doutores Valentina Gava Chakr, Diego Rodrigues Costa e Letícia Remus Moraes, que chefiados pelo dr. Mauro Bohrer, garantiram que eu pudesse ter o Caio aqui comigo, para contar essa história e aprender outras tantas.
Aos drs. Diego Malheiros de Moura e Luis Carlos Schneider por se tornarem nossos parceiros recentes, mas comprometidos e competentes, na luta nossa de cada dia.

São eles exemplo do verdadeiro digno exercício da medicina. São médicos maravilhosos. E se tornam anjos de quem, como a gente, precisa muito deles, praticamente todos os dias. A eles, nosso muito obrigado, nossos parabéns e os votos de um Feliz Dia do Médico - hoje e sempre!

Mimimis

E já que hoje é o dia do médico, a coisa por aqui anda feia.

Cainho, depois de uma faringite, teve um fungo na região buco-oral, provavelmente causada pelo próprio antibiótico que combateu a faringite. Agora tá atacadíssimo do refluxo. Essa noite gritou o tempo todo de dor, alternando momentos de muito vômito. E pior que não há nada a fazer a não ser esperar passar... A única coisa que me conforta um pouco é que ele, ao menos, já está aceitando o chá de hortelã, abençoada dica da Nalu para aliviar os desconfortos que vou agradecer pelo resto dos meus dias.

E eu, apesar de ainda estar perdendo peso a passos de "lesma de bengala", ando cheia de dodóis. Pra começar, uma dor no final da coluna que me mata quase que diariamente. Vou fazer uns exames, mas tudo indica que seja mesmo o "famoso" ciático. E pra ajudar, ou na carona disso, tenho surtado de dor no pé. O pé que vivo virando, que engessei ano passado e que radiografias apontaram que já tem duas fraturas antigas mal calcificadas. Ah, tá. Acho que realmente estou ficando velha...
:(

O jeito é seguir sendo amiga dos bons médicos e agradecer por eles existirem.

sábado, 9 de outubro de 2010

Dinha Doces

Com parte do meu salário recebido no IBGE finalmente decidi focar mais numa única atividade. Ok, ainda faço frees de PP, mas cada vez menos. O que me dá prazer e tem me dado também mais rendimento são os docinhos... Estou investindo minhas energias cada vez mais no Dinha Doces. Imprimi um cartão de visitas, estou testando novas receitas, agendei um curso de confeiteiro.
Quem sabe não seja um novo e exitoso caminho rumo ao sucesso? Ou, ao menos, à desejada estabilidade financeira... Uma certeza eu tenho: o caminho é doce.






sexta-feira, 8 de outubro de 2010

E falando em exemplo...

Palavras sempre atuais, eternamente sábias de Gandhi...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Um exemplo a ser seguido

A amizade entre os homens e os animais é um belo exemplo de como deveriam ser todas as relações humanas... baseada no afeto, no respeito, na cumplicidade e na verdade. Alguém duvida?