segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A pneumonia e a lição de humildade


Um dos motivos do meu afastamento foi também que Caio teve pneumonia. Num inverno que tem sido muito atípico, nossos pampas oferecem temperaturas com variações de mais de 20 graus numa única semana. E aí que meu filhote andou no ritmo de um antibiótico por mês desde maio. É amigdalite, é faringite, é todo tipo de ite que nosso inverno gaudério permite. E culminou com a pneumonia, diagnosticada após uma crise convulsiva punk no dia 04 de agosto. E sim, pra contrariar meu post anterior, eu desci ao inferno e me enchi de medo (na verdade foi pânico) e me superlotei de culpas.

Como assim pneumonia? Meu filho NUNCA teve pneumonia! Eu sempre cuidei muito bem dele. Protejo de mudanças bruscas de temperatura. Não o exponho. Troco-o seguidamente de posição. Faço as sessões de fisioterapia regularmente. Onde errei? Onde fui negligente? Que m* de mãe eu sou?

Sim, tudo isso me passou pela cabeça e eu quase pirei. Mas aí tive a querida pedi Jaqueline e a primeira fisioterapeuta do Caio, a Thaís, me socorrendo: essas coisas simplesmente acontecem! E lembrei que Yuri também teve pneumonia, aos dois aninhos, justamente no primeiro inverno que voltei a trabalhar fora depois da gravidez dele. E eu me lembro que não me culpei tanto naquela vez... (Nota mental: preciso aprender a controlar a dramaticidade quando se trata do Caio). Mais: tá aí Yuri, lindo, forte e vendendo saúde e rendendo cabelos brancos à sua mamãezinha, todo serelepe aos 12 anos.

E todo esse papo pra quê, se já passou, se Caio ficou bem? Porque este episódio me serviu pra uma lição muito importante. Eu não controlo tudo. Na verdade, eu controlo muito pouco. E Deus me deu esse puxãozinho de orelha pra relembrar. Porque eu sempre digo que a gravidez do Caio não foi planejada. Não foi planejada por mim. Foi planejada por Ele para mim! E assim é sempre. Deus é que está no comando. E as coisas acontecem. Não porque erramos, nem porque falhamos, nem como castigo. Acontecem. Para que cresçamos. Para que tenhamos experiência. Para que conheçamos a vida e os sentimentos em todas as suas facetas.
No início, ele tava tão fraquinho...
Matando a saudade de Thaís em sessões domiciliares de fisio respiratória


Esse sorriso custou dias a voltar...

Dia da alta: pronto para novas aventuras!

Foi-me servido um balde de humildade. Sou a melhor mãe que posso ser. Mas não sou perfeita, nunca vou ser. E não devo exigir isso de mim. E muito menos julgar outras mães, cujos filhos adoecem com mais facilidade. Não tem a ver com como cuidamos, nem com dedicação, nem com amor. Doenças tem a ver com vírus, bactérias e com acontecimentos que simplesmente fogem ao nosso controle.

Fiz o que pude, conseguimos tratar o Caio em casa, contratamos a Thaís que fez sessões domiciliares de fisioterapia respiratória e ele logo respondeu. Perdeu 2 quilos, o que corresponde a 12% do seu peso. Mas está novo pra luta outra vez. E eu junto. Sabendo que sempre é oportunidade de aprender.

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