terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Férias normais

Então que as férias escolares chegaram ao fim. Foram pouco mais de 60 dias com dois filhos, uma criança e um adolescente em casa, com muito mais tempo ocioso. Yuri, por sua própria idade e inquietude, passou pouco desse tempo em casa, propriamente dita. Foi à praia (viajou sozinho para SC!), ficou em casa de parentes e amigos.

Já Caio nunca teve férias completas. Tinha férias de uma de suas terapias, não tinha de outra; tinha férias da fisio, voltava a escola. Este ano tivemos fevereiro inteiro sem atividades, pela primeira vez em quase 8 anos! Mas o mocinho, acostumado com a agenda sempre lotada, exigia atividades constantes. Afinal, é um menino saudável e cheio de energia!

Fomos ao parque, ao shopping, ao cinema, à casa de amigos. Andamos à pé, de trem, ônibus, carro. Registrava tudo e postei no Facebook. E aí recebo uma mensagem, que me inspirou este post. "Nossa, te admiro muito por fazeres esses programas de criança com o Caio, como se ele fosse normal. Eu não tenho coragem de sair sozinha com meu Joãozinho (nome fictício) e levá-lo em tantos lugares assim. Nunca fomos ao cinema." 

Como assim, se ele fosse normal?
Querida amiga, nossos filhos são crianças, antes de tudo. E, para a infância, não existe anormal. Eles têm deficiência? Sim. Mas não são apenas deficientes. São crianças com deficiência. Serão, talvez, adolescentes com deficiência; adultos com deficiência. O que há de ser respeitado é a fase de cada um. Ofereci ao Caio o que qualquer mãe ofereceria a qualquer filho de sete anos de idade! Como eu sempre digo, a inclusão e a acessibilidade começam conosco! Quando nós incluímos, quando nós lhes damos acesso às opções de lazer, que seja!

Os direitos da criança que Caio é, sobrepõem, ao meu ponto de vista, os direitos dos deficientes. Claro que existem dificuldades práticas, no transporte, nos lugares públicos. Mas quando nós saímos, acho que o sentimento mínimo que despertamos nas pessoas é um convite à reflexão: "Olha, é possível! Pode ser difícil (e às vezes é), mas é possível sim!".

Eu também tinha medo de levar Caio ao cinema. Dele convulsionar. De chorar muito e termos que sair. Ele nunca chorou, sempre curtiu o escurinho, o ar condicionado, a agitação das crianças. Nestas férias, pela primeira vez, ele assistiu um filme inteiro! Detona Ralph! Vibrou, sacudiu as perninas, torceu pelos heróis. Fiquei muito feliz! Mas é uma conquista possível só a quem tenta, cara amiga.

Medos? Sempre vamos ter nossos receios. É humano. É do instinto materno. Mas nossa vontade de lhes oferecer uma sociedade realmente inclusiva precisa ser maior. Vá em frente, amiga. Tente! O sorriso do seu pequeno, certamente fará qualquer eventual dificuldade valer à pena. Eu e Caio indicamos.


Visitando exposição fotográfica

Curtindo a piscina com o mano

Visita à casa da ex-monitora, profe. Carla

Visita ao parque Capão do Corvo

Compras no Mercado também faz parte!

Fazendo novos amigos - 1

Brincando de concurso de perucas

Fazendo novos amigos - 2

No Play do BarraShopping, em Porto Alegre


No Bob's, com amigos especiais

Cinema! Oba!!!!

No espaço kids da livraria

Cinema tem que ser com tudo a que tenho direito!

No Magic Play do Canoas Shopping


Curtindo o pôr-do-sol mais famoso do RS - em Ipanema, Porto Alegre

Visitando o Santuário de Schoenstatt
Um brinde à vida e à amizade!


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