quinta-feira, 1 de maio de 2014

Andorinha??? Por que não?

Eu sempre gostei de estudar.
Quando engravidei do Caio, planejava uma pós-graduação.
E por mais que minha vida tenha tomado rumos loucos e corridos, ainda aspiro voltar a estudar. Uma nova faculdade, talvez.
Penso muito no Direito. Gosto. Acho que meu idealismo me qualifica para, ao mesmo tempo que, já imagino, me faça confrontar muitas coisas erradas do sistema. Penso que poderia ser bem útil na futura ONG que pretendo ter... penso...

Aí, com essa função toda de ter que me enfronhar mesmo no processo para o Caio receber o suplemento nutricional, vou me inteirando da linguagem, dos trâmites... e lanço, de bobeira, no Facebook, a pérola: "Se eu fosse um par de anos mais jovem, eu juro que cursava Direito".
Foi um post campeão de comentários. A maioria, me apoiando (ah, os amigos...). E aí uma linda, competente e querida advogada que conheço e amo, me diz que não vale à pena. Que é muito mais frustrante trabalhar num sistema engessado do que depender dele. E, normal das redes sociais, houve uma breve discussão sobre "alguém tem que tentar mudar" e "uma andorinha só não faz verão". 

Na verdade, esse post veio muito ao encontro de um dos inúmeros questionamentos que tenho, que é sobre o idealismo - especialmente o meu, claro.

Como tenho trabalhado diretamente há 3 anos com um vereador de minha cidade, tem a ver também com política. Este ano, é eleitoral. E há muito começaram as especulações sobre prováveis candidatos. Li na página de um jornalista que muito respeito: "E aí, Fulano, deverias te candidatar e ajudar as causas que tanto divulgas". E seguiram-se centenas de comentários. Os contrários à ideia, dizendo que o tal jornalista é muito íntegro e correto para estar entre os políticos, que são "uma corja". Os que apoiam a candidatura teórica, que é justamente de pessoas íntegras e corretas que a política precisa.

E é sobre isso minha reflexão: ser uma andorinha, que não faz verão.
Mas se não lutarmos pelo que acreditamos, quem lutará por nós? E lutar não é só reclamar e divulgar o que está errado. É pôr a mão na massa e tentar fazer diferente. Alguém precisa começar. No Direito. Na Política. Na Vida.

Certo que o caminho de todos os precursores, quando eram andorinhas, era mais difícil. Mas alguém tem que ser. SEJA A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER VER. Até que mais andorinhas foram se chegando... e o verão se fez! É aquela história, ninguém disse que é fácil. Mas eu, adolescente idealista, ainda acredito que é extremamente recompensador.

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