domingo, 14 de dezembro de 2014

Dos aprendizados de 2014 (II) - eu em primeiro lugar

Em 2014, mais do nunca, eu me amei, me descobri, me permiti. Mudanças profundas para quem sempre se achou vítima do mundo, inferior, incapaz... Em 2014, eu tive certeza de que não sou. E, principalmente, de quem sou - e aprendi a olhar dia a dia, para este ser com mais amor e complacência.

Escolhi com quem queria estar, aonde queria ir, o que queria fazer. Priorizei a minha alegria, o que me fazia bem, o que meu coração pedia. Gastei tempo e dinheiro comigo mesma. Satisfiz minha vaidade, meu prazer, minha carência afetiva, minha gula. Desisti de ser a Cláudia que me parecia ideal e investi em ser a Cláudia que sei que sou. E valeu muito à pena.

Experienciei na prática que só posso ofertar o melhor de mim aos outros, quando, antes, estou interiormente repleta deste melhor - que é estar em paz com cada uma das minhas escolhas (inclusive e principalmente, as mais difíceis). 

Como passei uma vida inteira sendo meu pior algoz, não foi um resultado fácil de se chegar. É uma trajetória percorrida com paciência, um passo de cada vez. Pensava nos meus filhos, nos momentos em que deixei de ser mãe, para ser somente eu - primeiro indivíduo e mulher. E vivi a verdade de que sim, quando eu sou uma mulher mais feliz, trago em mim as melhores ferramentas para ser uma mãe melhor, a mãe que eles merecem e precisam, porque o tempo que lhes doo é com todo o meu coração - feliz e leve por não fazê-lo por obrigação, mas pelo mais puro amor. Cuidando primeiro de mim para poder cuidar do outro. Amando e aceitando a mim, para poder aceitar e amar profundamente o outro.

Yuri cresce e se torna um homem e é meu grande parceiro de vida. Caio cresce igualmente, explorando o mundo e mostrando cada vez mais suas capacidades. E eu cresci - aqui dentro, num lugar onde só eu posso enxergar, mas que transborda aos olhos de quem percebe a pessoa segura e em paz que estou me tornando. 



Para 2015, seguem as lutas, os aprendizados. Virão os dias mais cinzentos, é certo, faz parte. Mas eles encontrarão uma mulher sem o menor medo de encará-los porque sabe que dá conta; porque sabe dar valor e peso devido a cada um dos acontecimentos da vida; e principalmente, sabe que prioridade mesmo é ser feliz. Esta é a nossa missão. E é por saber disso que tenho a convicção de que o melhor ainda está por vir. 

Assim seja!

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