terça-feira, 1 de março de 2016

Borboleteando por São Paulo

Estou devendo um relato de como foi São Paulo. Foi um divisor de águas. Para mim, novos frutos sendo colhidos e saboreados. Para Tamara Wagner, nossa fotógrafa idealizadora do Projeto Borboletas, a oportunidade de ver seu sonho da inclusão pela fotografia voar mais alto. Uma Tarde Especial no Parque Edição São Paulo, foi um sucesso! Muitas famílias, muitas trocas, novas amizades surgindo, vínculos se fortalecendo e muita energia boa. Missão cumprida!




Neste mesmo final de semana foi ao ar a reportagem do Mistura (clique AQUI para assistir) e o feedback foi maravilhoso. As Borboletas ainda vão voar, quiçá, por todo o Brasil. E é isto que a gente sonha e tem trabalhado arduamente para. Estou prestando uma assessoria à Tamara em vários passos e hoje posso dizer que sou oficialmente parte da equipe do Projeto Borboletas. Além do que, a princípio, minhas palestras serão “quadro fixo” de todas as edições vindouras da Tarde no Parque.

Ah, o bate-papo com as famílias... Sim, tinham pessoas interessadas em me escutar. Como iniciante, estava nervosa, mas numa média ponderada também diria que o resultado foi atingido. Como já tinha me proposto, falei dos aprendizados que acho que tive nesta caminhada. Jamais como pretensão de colocar como verdade absoluta, apenas como um relato da minha experiência e do que deu certo, do que me ajudou e fortaleceu. E a regra é clara: se servir para alguém, beleza, leve. Se não servir, beleza também, valeu a oportunidade.

Como era um piquenique num parque, sentamos em círculo. Primeira emoção: a busca por minhas curas iniciaram nos Círculos Femininos. E agora, estou eu ali, em círculo, podendo partilhar minhas experiências com outras pessoas. “Quando eu me curo, eu curo a outra”. Que benção! Gratidão! Segunda emoção: havia vários pais, não só mães, que também se interessaram em fazer parte. Este é o mundo que a gente almeja. Amor em igualdade. Ao término da minha fala, pude ver olhos marejados me fitando. Não, a ideia não era fazer ninguém chorar. Mas pude perceber que alguns corações foram tocados. Missão mais que cumprida!











Ao fim, ainda fui muito acarinhada, o que realmente tornou esta Tarde ainda mais Especial em meu coração. É isto que quero fazer. Acender uma luzinha no coração de quem às vezes se sente triste ou perdido com este mundo da deficiência de um filho. Lembrar que todos os sentimentos são válidos e devem ser vividos. Dizer que está tudo certo, até quando parece que não está. Reforçar que ser feliz ainda é, sim, uma escolha. E que temos direito a ela. Mais do que isso: existem caminhos possíveis e gratificantes. Como este que me encontro agora, como palestrante de Uma Tarde Especial no Parque, dentro do Projeto Borboletas.








Fora isso... Ah, os ensaios... Eu achei que o de Caio foi a realização máxima de meu sonho. Sim, foi. Mas poder acompanhar histórias de amor incondicional e superação, como a do lindo Matheo e sua família – que tive a alegria de conhecer em São Paulo – trazem aquele quentinho ao coração, aquela fé maravilhosa na vida. 





Se estou neste caminho é porque tenho a partilhar – não a ensinar. Mas tenho ainda mais a aprender. Li num texto esses tempos que quando o homem acha que chegou ao topo, ele começa a morrer. Eu sigo aqui, feliz demais com minha condição consciente de aprendiz. Ainda bem!

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