quarta-feira, 21 de junho de 2017

Apologia à felicidade

Tenho compartilhado nas redes sociais meus novos hábitos de vida que estão resultando num processo de emagrecimento. E recebi algumas críticas, pois afinal sempre tive sobrepeso em minha vida adulta, chegando, inclusive, a ter obesidade mórbida. Com meu 1,62m de altura, já cheguei a pesar 116 quilos. Já fiz dietas restritivas e elas sempre funcionaram. Temporariamente. Desta vez, movida inicialmente por questões de saúde, mas na carona de uma nova forma de me ver e estabelecer novas prioridades – nas quais, eu me incluo – resolvi que ia mudar o estilo de vida. 

Então recebo algumas mensagens dizendo que virei a fit-chata e que agora só faço apologia à dieta e atividade física. Não é isso de que se trata. Se trata em fazer apologia à felicidade! Admiro sinceramente as pessoas que são felizes independente de sua forma física. A elas, meus parabéns! Mas a mim, o sobrepeso sempre foi um incômodo. Que me travava e fazia eu me sentir inferiorizada. Longo e árduo foi o caminho para que eu aprendesse a valorar o meu conteúdo. Fui aprendendo. Mas a forma, seguia me incomodando. Aos poucos, fui aceitando-a (e exatamente, como já falei de aceitação); quando me aceitei como era, fiquei pronta para mudar. 


A pessoa que sou hoje é uma pessoa que se ama cada vez mais. A ponto de priorizar numa agenda super corrida de mãe e profissional, os horários da academia. A ponto de usar a culinária, sempre vista como expressão de amor, para criar comidinhas saudáveis e saborosas nem que seja somente para mim mesma. Estou encantada, conhecendo músculos que não sabia possuir e superando os limites do meu próprio corpo. Redescobrindo sabores de uma alimentação cada vez mais natural. Fazendo apologia não de minhas novas escolhas especificamente, mas de cada um buscar aquilo que lhe faz sentir melhor, mais conectado com a vida! E que sempre é possível! 

Eu me redescubro e redescubro o caminho de ser feliz por mim e comigo. Sempre reforço: as mudanças visuais são apenas o reflexo de quem, com muito esforço, com muitas lições colhidas - algumas com dor, cada vez mais se aproxima de quem quer ser, de quem nasceu pra ser: uma mulher em equilíbrio, em paz e feliz.

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